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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Simplesmente amor

Simplesmente amor


Saudosa, não sou
Mas amor de verdade
Era o amor dos anos passados
Quando o amor era sentido
Com o tom de eternidade
Aquele amor confessado
No ouvido da amada
Com beijo roubado
A face corada
Pulsar forte
O vibrante coração
Que bamba as pernas
E percorre o infinito
Do intrépido pensamento
Surge o medo do amor intenso
Sem controlar a própria emoção.

Nos idos tempos
Amava-se melhor
Amor de boa índole
Que se buscava eternizar.

Hoje, o amor é diferente
É paixão que de repente
Surge avassalador
Torna-se absoluto
Profundo e ardente
Até chegar um amanhecer
E repensado de súbito
Diz-se acabado e ressurge
Como indiferença total.

Que amor é esse?
Amor corriqueiro
Que começa todo brejeiro
E termina como um
Sentimento efêmero e banal?
Que  pena!
Hoje, o amor é uma rala alegria
Uma felicidade passageira
Nem acalanta o coração
É volúvel, frágil e em contínua sucessão
O amor de hoje breve se torna o de ontem
O seguinte logo será o de amanhã
Não há mais único amor
Jaz o amor eterno
Resta o amor de agora
Tênue como uma flor
Nasce semente forte
Floresce exuberante e bela
Mas breve fenece sem cor.


Escrita por Lilian Candello Salvadori (se copiar, faça  a indicação da Autora)








































Lição de vida

Lição de vida


Observando algumas formigas no jardim aqui de casa, percebi que todas seguiam uma mesma rota carregando folhas maiores que elas mesmas.

Mas seguiam firme em direção ao formigueiro que descobri poucos passos adiante, o que para elas deveria representar uma grande viagem

De repente percebo que uma delas está com uma folha exageradamente grande nas costas.

Deveria ser pelo menos vinte vezes maior que ela, e seu esforço era notado a distância.

Fiquei ali imaginando o orgulho dessa formiga presunçosa, carregando aquela folha gigantesca...

...e como ela deveria estar ansiosa em mostrar a formiga rainha como ela era forte, como ela era capaz, quem sabe até ganharia uma promoção.

Enquanto a fila de formigas seguia em direção ao formigueiro, essa formiga girava em volta de si mesma, sem conseguir sair do lugar, seu esforço era tão grande que mal avançava um passo, voltava dois para trás.

Estava tão cega, tão entretida na sua luta de carregar aquele mundão nas costas que nem percebeu que todas as formigas largaram as folhas para escapar do pé de um menino que vinha correndo atrás de uma bola.

As formigas escaparam por pouco, mas nossa amiguinha não teve a mesma sorte...

...morreu esmagada, agarrada à sua folha gigante.

Assim como a formiga, nós seres humanos inteligentes e sensíveis, vez em quando queremos carregar mais coisas em nossas costas do que podemos suportar...

Os problemas dos outros, as dores do mundo e a ganância de querer sempre mais, de ser mais e melhor e quando acordamos para a realidade estamos esmagados pelo peso de nossa insensatez.

Cuide mais de você,

o dia passa, as pessoas passam, o tempo passa, mas você fica,você será a sua eterna companhia...

Todos podem até fugir de você, mas você não pode fugir desse encontro com você mesmo, com a sua paz interior, com a sua felicidade.

Por amor a você, carregue apenas a sua mala,
e de preferência, o mais vazia possível!
 

Postado por Lilian - Texto de Paulo Roberto Gaefke



domingo, 29 de novembro de 2009

A lagartixa e eu

A lagartixa e eu

Ao receber um e-mail intitulado “lagartixa ”, pensei logo, porque abrí-lo? Estou tão ocupada, estou tão cansada, mas lendo que era para refletir, pensei melhor e abri.

Valeu à pena, pois a mensagem é bem real e assertiva.
O texto nos pressiona a refletir o que é melhor para nossa vida.
Fala de Deus, o Senhor da Vida.
Fala da Família, o elo de união que germina a vida.
Fala dos amigos, são os irmãos que geram harmonia e alegria.
Vamos prestar atenção ao que a vida oferece de melhor e não ao que o visual não agrada.
Vamos perceber as preciosidades que temos bem próximo de nós.
Vamos perceber as coisas que tem valor, como Deus, a família e os amigos.
 
Quer coisa melhor para sua vida do que Deus?      
É Ele quem nos dá o pão de cada dia, nos dá a vida enfeitada de flores, de rios, de uma natureza tão bela que nos encanta. É Deus que nos dá a redenção de nossos pecados e nos livra de todo o mal e nos dará a vida eterna.
Vamos seguir seus passos, os ensinamentos que nos deixou como herança.
 
Quer coisa melhor que a família?
É ela o nosso esteio, o nosso porto seguro, a rocha firme que não deixará os abalos do cotidiano nos afligir. É a ela a quem podemos nos socorrer, a quem podemos pedir abrigo, a quem podemos nos desabafar para livrarmos das tensões diárias que nos levam ao desequilíbrio, é ela, a família, quem sempre nos acolherá num momento específico e controverso, num momento de saúde abalada, num momento de alegria, é ela que nunca te deixará só "a ver navios". A família só é completa quando todos os elos estão unidos.

Quer coisa melhor do que os amigos?
É o amigo que ouve os seus queixumes, suas ranhetices, suas idéias nem sempre certas, seus problemas, nem sempre solúveis e mesmo assim, o acolhe e o aceita como você é, porque você é assim, mas é seu amigo, seu companheiro de longas conversas, de encontros sociais, de viagens alegres, de parceiros de dança.
Os amigos se completam nas deficiências um do outro.
Por isso precisamos repensar e alterar nossos valores e priorizar o que realmente tem mais valor.
Vamos refletir...
Vamos pensar no que temos colocado o foco de nosso olhar...
Vamos pensar em como temos agido...
Vamos pensar no que temos falado ou deixado de falar...
 
É isso que Deus, a família e os amigos esperam de nós?
Vamos desfocar nossa atenção da "lagartixa" ou de qualquer outro foco que disvirtue o nosso pensar, o nosso querer, o nosso modo de agir e olhar para outra direção: A direção que Deus nos indica.

Reflexão escrita por Lilian
(As imagens e o texto da mensagem não consegui inserir.)



















Hoje, sou eu quem completa um mês de Dihitt

Olá amigos.

Hoje, 28/11/2009, completo um mês de Dihitt.
Mês especial, pois conheci vocês amigos virtuais, mas amigos reais em meu coração.
Não vou citar nomes, pois poderia esquecer de alguém, mas saibam que sou muito agradecida pela amizade que me oferecem e que aceito com o maior prazer.
Muitos, é como se conhecesse, pois quase que diariamente nos falamos através desta rede Dihittiana.
Tem os que gostam do escrevo...
Tem os que não gostam...
Tem os que esperam....
Tem os que respondem...
Tem os que agradecem....
Tem os que nunca se manifestam ...
Tem os que votam...
Tem os que retribuem...
Tem amigos de todos os tipos...
Mas não importa que tipo de amigo você seja, quer queira ou não, considero você um amigo.
E a todos, amo como irmãos.
Não cobro respostas, nem agradecimentos, quero apenar que vocês me permitam continuar escrevendo poesias, mensagens que falem de Deus, de amor, de paz e orações.
Precisamos orar todos os dias.
Se você não ora, eu oro por você.
Você pensa em Deus todos os dias?
Você agradece tudo de bom que tem e recebe dele, e sem nem perceber?
Então, amigos, faço isso por vocês: Peço a Deus que os abençoe, cuide, proteja e ilumine seus caminhos e lhes envio sempre um carinhoso e fraterno abraço, com as bênçãos de Deus.
Faço isso por amor a Jesus, para fazer um pouquinho, mas muito pouquinho do que ele fez por nós, para divulgar sua mensagem como um modo de agradecê-lo pelo seu amor por mim, e por me dar a família maravilhosa que tenho e amigos tão leais e amorosos.
Sejam felizes! Deus espera que demonstremos essa felicidade, amando ao próximo como a nós mesmos. São ensinamentos dele.
Desejo a cada um, uma semana abençoada por Deus e lembrem-se de pensar nEle uns minutos por dia, pelo menos.
Fraterno  e  carinhoso  abraço.
Lilian

sábado, 28 de novembro de 2009

Preparem os corações: Deus está chegando - Primeiro Domingo do Advento

Advento é tempo de preparar nossos corações para receber Jesus Cristo em nossas vidas.

"...Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal:

Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um Filho.”
(Livro do profeta Isaías 7.14 )
 
O advento é marcado pela disposição da espera.
Assim como aguardaram com fé Abraão, Rute, Isaías, Amós, João Batista, Maria e tantos outros, revivemos o sabor da espera para a celebrar o Natal - presença de Cristo entre nós.
Há uma gostosa ansiedade que devagarzinho toma conta das mentes e dos minutos daqueles que aguardam.
Agitações próprias de quem deseja a encarnação do amor.
"E o verbo se fez carne..."
 
O coração e o corpo de quem espera encontram-se envolvidos pela esperança. Somos movidos pelas certezas do Reino de Deus, revelado em justiça, paz, solidariedade e vida.
Cuidamos de nós mesmos e dos outros para que, pacientemente, possamos cantar, sorrir e se encantar com a existência, cada vez mais embalados pela simplicidade da manjedoura e da periferia.
 
Nascimentos anônimos que revelam planos benditos de Deus que escolhe os esquecidos e abraça os destituídos.
Maria, mãe que espera ser. Jesus, Aquele que era e se apresenta como fruto maduro que chega no tempo de Deus.

Nos próximos dias estará crescendo a expectativa da celebração; a convicção da presença abençoadora de Jesus conosco todos os dias, Deus encarnado, Salvador, Luz das luzes, que brilha nas trevas e anuncia as boas-novas do evangelho para todas as pessoas.
 
Que saibamos, diante de tantos desafios que se apresentam, esperar a presença de Jesus, que revela ao seu tempo e modo a Salvação para todos aqueles que nEle confiam.
 
É tempo de se preparar para a festa da justiça e da paz, do amor e da restauração.

Lilian
Texto de Deão Sérgio Andrade
Catedral Anglicana da Santíssima Trindade - Recife - PE
Pão Quente Diário – por e-mail









Amizade: O Pequeno Príncipe e a raposa

O texto é lindo, retirado do livro “O pequeno Príncipe”, que é de conhecimento global, mas nos remete a lembrar de algo tão valioso, que é a amizade.

O pequeno príncipe e a raposa


(...) E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativou ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
- Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
....Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também.
E por isso eu me aborreço um pouco.
Mas se tu me cativas, minha vida será como cheia de sol.
Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
E a raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim na relva.
Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mau-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos...
.... Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é única no mundo.
Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste a ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Agora ela é única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco.
Ela sozinha é, porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei.
Foi a ela que pus sob uma redoma.
Foi a ela que eu abriguei com o paravento.
Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três borboletas).
Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
-Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
-Foi o tempo que perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deve esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
Sinto-me responsável por todos aqueles que eu cativei, ou que me cativaram. Isso é fácil? Não.
Por vezes deixo de cuidar bem de cada um, com carinho e atenção que merecem.
Mas cada amigo é para mim algo inestimável.
É a grande oportunidade de aprender e de crescer como pessoa.
Há pessoas que são um equívoco, que talvez eu não soubesse cativar, ou que talvez eu reconhecesse nelas as minhas fraquezas e defeitos, e sendo assim eu descartei, deixei de lado de uma vez.
Outras o tempo e espaço separaram, mas são como o trigo para mim, uma simples recordação me remete aos bons momentos juntos.
Eu amo todos que me cercam. Gostaria que todos soubessem, caso eu não tenha dito.
As palavras, às vezes ficam travadas em nossa garganta, simplesmente não saem. Mas quando me encontrar saiba que é com um grande abraço que retribuirei tua amizade.

Lilian
Recebi de uma grande amiga que tem seu lugarzinho no meu coração, via e-mail. Obrigada Solange.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Preciosidade : Rosana


Este é o primeiro texto  que posto no meu blog, presente feito com amor e carinho pela minha amiga Rosana, e seguindo suas orientações, sem as quais, não tinha noção de como inserir a mensagem.  O texto anterior publicado, a Rosana retirou do Dihitt.

Dedico este texto a Rosana. Fiz agorinha, pensando nela, e nem poderia ser diferente.

Preciosidade

É preciso acreditar
É preciso continuar
É preciso ter esperança
É preciso ter calma
É preciso ter fé
É preciso amar
Mesmo que a solidão se manifeste
Mesmo que a dor apareça
Mesmo que a tristeza brote
Mesmo que falte o fôlego
Mesmo que a confiança desapareça
Mesmo que venha a se retrair
Se um amigo possuir
Ombro amigo encontrará
A teia do amor tecerá
A rede que enlaçará
Seu corpo quase inerte
Seu coração se abrandará
Seu desamparo submergirá
A segurança reaverá
Sua alma reviverá
Ao amigo estenderá os braços
E sem qualquer embaraço
Demonstrando agradecimento
Dirá ao amigo: amo você camarada

Lilian

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Último Desejo...


Hoje, vou expor-me um pouco a vocês, queridos amigos dihittianos.

Faço isso, geralmente, quando estou um pouco angustiada, emocionada...

Aconteceu o Primeiro Sarau Festivo da Família Salvadori.

Fiquei muito feliz em escrever o livro de crônicas das irmãs do Henrique, meu marido há 42 anos, e enquanto escrevia, pude compartilhar da história da vida familiar deles.

Ora era comovente, ora era alegre, ora era divertido, ora era triste, ora era uma comunhão familiar inexprimível, que dava uma vontade intangível, mas sentida, de ter vivenciado com eles, aqueles momentos vividos tão intensamente, tão emocionada e enternecida fiquei.

Talvez, bem provavelmente, meus filhos e netos não terão muito que recordar da infância vivida com os pais e avós, ausentes em função do trabalho diário, um mal rotineiro para a atual geração de pais (nossos filhos), pois sempre dedicamos, acho que todos nós, tempo demais para o trabalho sobrando pouco para eles.

Que pena, mas é isso que aconteceu, acontece e continuará a acontecer.

A vida de hoje não nos permite ser diferentes.

Nossa vida pertence a Deus e somente Ele nos deixará mostrar um pouco mais de nosso "EU INTERIOR" aos que ficarem, se mais tempo de vida Deus nos der, e aproveitarmos esse tempo com os filhos e netos.

Mas uma coisa é certa, verdadeira e muito real. O amor sentido, mesmo que velado, não repartido, será eterno a cada um deles e para que saibam, escrevo neste momento em que me sinto impelida a externar esse sentimento que me aperta o coração, um poema, um verso, nem sei que nome atribuir, mas é o meu desejo, meu último desejo aos meus filhos e netos:

Amados filhos,
Netos,
Bisnetos que
ainda serão
gerados,
deixo-lhes
meus bens que pouco são,
mas a imensidão
de todo meu amor,
meu carinho,
o poder de possuirem
a sensação de perceber
meus abraços,
os beijos na face,
os afagos no corpo,
as mordidinhas no dorso,
as carícias nos pés.
As palavras de amor:
“amo você meu tesouro”,
direi do lugar onde estiver
todos os dias
nos seus ouvidos
ao acordar e ao dormir
pensando em vocês
com os pés nus
na estrada a caminhar
onde minh´alma viver.
Da vovó Lili,
com todo amor.