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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Último Desejo...


Hoje, vou expor-me um pouco a vocês, queridos amigos dihittianos.

Faço isso, geralmente, quando estou um pouco angustiada, emocionada...

Aconteceu o Primeiro Sarau Festivo da Família Salvadori.

Fiquei muito feliz em escrever o livro de crônicas das irmãs do Henrique, meu marido há 42 anos, e enquanto escrevia, pude compartilhar da história da vida familiar deles.

Ora era comovente, ora era alegre, ora era divertido, ora era triste, ora era uma comunhão familiar inexprimível, que dava uma vontade intangível, mas sentida, de ter vivenciado com eles, aqueles momentos vividos tão intensamente, tão emocionada e enternecida fiquei.

Talvez, bem provavelmente, meus filhos e netos não terão muito que recordar da infância vivida com os pais e avós, ausentes em função do trabalho diário, um mal rotineiro para a atual geração de pais (nossos filhos), pois sempre dedicamos, acho que todos nós, tempo demais para o trabalho sobrando pouco para eles.

Que pena, mas é isso que aconteceu, acontece e continuará a acontecer.

A vida de hoje não nos permite ser diferentes.

Nossa vida pertence a Deus e somente Ele nos deixará mostrar um pouco mais de nosso "EU INTERIOR" aos que ficarem, se mais tempo de vida Deus nos der, e aproveitarmos esse tempo com os filhos e netos.

Mas uma coisa é certa, verdadeira e muito real. O amor sentido, mesmo que velado, não repartido, será eterno a cada um deles e para que saibam, escrevo neste momento em que me sinto impelida a externar esse sentimento que me aperta o coração, um poema, um verso, nem sei que nome atribuir, mas é o meu desejo, meu último desejo aos meus filhos e netos:

Amados filhos,
Netos,
Bisnetos que
ainda serão
gerados,
deixo-lhes
meus bens que pouco são,
mas a imensidão
de todo meu amor,
meu carinho,
o poder de possuirem
a sensação de perceber
meus abraços,
os beijos na face,
os afagos no corpo,
as mordidinhas no dorso,
as carícias nos pés.
As palavras de amor:
“amo você meu tesouro”,
direi do lugar onde estiver
todos os dias
nos seus ouvidos
ao acordar e ao dormir
pensando em vocês
com os pés nus
na estrada a caminhar
onde minh´alma viver.
Da vovó Lili,
com todo amor.